Conheci Christiane F. em 2003, através da minha professora de Biologia, que comentou com os alunos que estava lendo o livro "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..." com seu filho. Até então eu nunca tinha ouvido falar. No mesmo dia, corri à internet para saber mais.
Eu tinha então quatorze anos de idade e a pouca informação que encontrei em português já foi suficiente para que eu ficasse totalmente fascinada. Meus amigos, adolescentes como eu, tinham nojo de Christiane; eu queria ser Christiane (claro que guardadas as devidas proporções -- nunca sonhei em me viciar em drogas pesadas e viver em função delas, mas acho que se você chegou até aqui, deve ser um fã também e deve entender meu fascínio).
Demorei um pouco até assistir o filme, pois nesta época ele não estava disponível na internet e era difícil encontrar o DVD à venda (acredito que tenho sido em função de uma transição de direitos da Flashstar Home Video para a Spectra Nova, estúdio que comercializa o filme atualmente). Acabei apelando para o VHS da locadora e gostei bastante do que vi, apesar de achar que o livro é muito melhor do que o filme.
Em seu aniversário de 15 anos, Christiane se picou com meia dose de heroína na Ernst-Reuter-Platz. Muitos quilômetros distante dali e muitos anos depois, em meu aniversário de 15 anos, ganhei de presente seu livro, e foi uma viagem muito melhor do que qualquer droga.
