segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Christiane F. na Bahnhof Zoo


Detalhe da imagem que estampa a capa original do livro "Wir Kinder vom Bahnhof Zoo".

As informações que se pode encontrar na internet sobre esta foto são de que ela, supostamente, retrataria um encontro real de Christiane F. com um cliente na Estação Zoo, ainda na época em que a jovem se prostituía a fim de conseguir dinheiro para sustentar seu vício em heroína.

Esta foto foi tirada por Jürgen Müller-Schneck a fim de ilustrar o relatório anterior à reportagem de Kai Hermann e Horst Rieck à revista alemã Stern.

Christiane F. foi descoberta em 7 de Fevereiro 1978 pelo jornalista Horst Rieck. Juntamente com o fotógrafo Jürgen Müller-Schneck, ele estava trabalhando para a revista Stern em um documentário sobre a prostituição infantil, devido ao início do julgamento de um empresário de 55 anos que estava no quarto dos fundos de sua papelaria com uma menina de 13 anos em troca de heroína. Uma garota sentou no banco fora do tribunal, à espera de sua convocação como testemunha. Ela era completamente desconhecida, Christiane F., de 15 anos de idade. Rieck questionou se ela teria algo a dizer sobre o Babystrich (prostituição de menores) e Christiane disse firmemente: "Pode apostar que sim!"

Na tarde do mesmo dia, Jürgen Müller-Schneck fez as primeiras fotos de Christiane F. no apartamento de Rieck em Berlim, aonde o repórter teve as primeiras conversas com ela. O que Christiane disse foi comovente e pronto para impressão. O que havia registrado na fita cassete era uma história tão incrível quanto verdadeira. Seu relatório foi publicado na edição 14 da Stern, em 1978, e apareceu com uma imagem de Christiane.

Em breve postarei aqui a famosa reportagem. Material superexclusivo!

Suas revelações explodiram sobre os abismos da nossa sociedade, no que se referia ao "Babystrich", com a série sobre as crianças da Estação Zoo. Em suas outras conversas com Christiane,Rieck levou-a para um novo local, junto com Kai Hermann, editor da Stern. Os registros de fita editada dessas conversas e entrevistas com pessoas do ambiente Christiane transformaram os jornalistas em autores do best-seller mundial "Eu, Christiane F. 13 anos, drogada, prostituída..."

Todas as fotos de Christiane na época mostravam uma menina completamente diferente. Sua foto na capa do livro também não revelava sua identidade, para proteger sua privacidade. Essa proteção não ia durar muito tempo, deivdo à realização de um filme baseado no livro, com Christiane servindo de consultora e com a exploração de sua imagem para fins publicitários.
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