quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Christiane F. e o LSD

A situação em família ficou mais difícil quando a irmã de Christiane foi morar com o pai. Agora eram somente ela, sua mãe e Klaus, seu padrasto.

Não suportando mais permanecer em casa durante o dia, pela presença de Klaus, e cada vez mais ligada a seus amigos, Christiane F. passou a contar as horas para ir ao Centro de Jovens. Queria passar o máximo de tempo fora de casa.


"Esperava, impacientemente, pelas cinco horas, a hora em que abria o Centro de Jovens. Às vezes encontrava-me com Kessi e com alguns amigos do bando no início da tarde."


O Centro de Jovens
O fechamento do Centro de Jovens


Aos treze anos, Christiane fumava haxixe todas as tardes, mas somente fumar já não era mais suficiente: também bebia vinho ou cerveja para se desligar da realidade que tanto a atormentava.

Assim como na primeira vez em que fumara haxixe, Christiane F. tomou LSD pela primeira vez por curiosidade e necessidade de se inserir no grupo. Queria ser igual àqueles que ela tanto admirava. Sua amiga Kessi já tinha tomado um comprimido e estava "viajando". Um amigo deu-lhe um comprimido, que ela tomou no banheiro do Centro de Jovens. Sua primeira viagem só fez efeito quando estava voltando para casa, em Rudow.

"Tomamos o metrô e, aí sim, a coisa começou a funcionar. Uma verdadeira loucura! Tive a sensação exata de estar dentro de uma lata de conserva e que alguém remexia lá dentro com uma colher gigante. O barulho do metrô, quando no túnel, era de enlouquecer. Insuportável mesmo. Pensei que não fosse agüentar."
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